sexta-feira, 24 de outubro de 2008

HIPERATIVIDADE NA INFÂNCIA

O comportamento hiperativo é muito comum em crianças e muito mal compreendido pelos adultos. Na escola é a maior queixa relacionada a problemas na aprendizagem. Quem de nós já não vivenciou estas questões sobre a agitação nas crianças, seja em crianças da família, de conhecidos ou mesmo do ambiente de trabalho? Acredito que o maior problema que nós, profissionais, encontramos esteja relacionado à compreensão do comportamento. Como dizia inicialmente, as crianças são, normalmente, agitadas e esta agitação está associada à curiosidade inerente às crianças. Todos queremos ver nossas crianças interessadas pelo mundo, questionando e “descobrindo”. Isto é um sinal de que ela tem energia, está se alimentando bem e quer conhecer. Já quando nos deparamos com crianças quietas, calmas e até mesmo sem curiosidade, aí sim é que deveríamos nos preocupar! Muitas vezes estas crianças também apresentam problemas de aprendizagem, o qual não é tão prontamente identificado uma vez que elas não incomodam!
O grande problema com o qual realmente nos deparamos diz respeito à má interpretação do comportamento. Quantas vezes escutamos os educadores se queixarem das crianças hiperativas, muitas vezes se questionando se elas não sofreriam do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade. Realmente, este pode ser um problema importante, embora de difícil diagnóstico. Uma confirmado, bastaria uma medicação para que esta criança se acalmasse. Lembramos, no entanto, que este comportamento de hiperatividade ou agitação pode ser considerado tanto normal para as crianças quanto também ser um sintoma. Um sintoma de um transtorno, como dito anteriormente, de uma depressão ou ainda de outros problemas de cunho emocional pelo qual a criança esteja passando, como separação dos pais, abuso, dentre outros problemas.
Pois é, este comportamento também pode ser um indicador de depressão na infância! Parece incoerente mas é verdade! É uma forma de manifestação deste transtorno mental! Assim, o que estou querendo pontuar nesta “fala” é que este comportamento pode ser compreendido como algo normal ou ainda como um sintoma. Assim, sempre caberá a um profissional especializado o correto diagnóstico da problemática, a fim de auxilar tanto aos educadores, quanto aos pais e a própria criança no encaminhamento da solução dos problemas decorrentes.

Mariângela Feijó
Psicóloga do NAP – CRP07/1894
Cel. 99130187

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